Este é o questionamento de muitos pais e também de muitos profissionais. Independente do diagnóstico do paciente o terapeuta deve compreender sobre os diversos tipos de cadeira de rodas e as modificações possíveis em cada uma delas.
A cadeira de rodas é como uma extensão do corpo do paciente e dessa forma a melhor sempre será aquela que:
- Atenda as necessidades funcionais do paciente;
- Tenha tamanho adequado;
- Garanta conforto e evite úlceras de pressão;
- Forneça estabilidade pélvica e um suporte corporal eficaz;
- Previna e controle deformidades;
- Tenha adequações específicas para cada paciente.
A associação de todos esses itens irá proporcionar uma postura ideal para o paciente, sendo o último item o mais importante.
Após a escolha adequada da cadeira de rodas, observa-se que ela vem de uma maneira generalizada (padrão) e é neste momento que pais e profissionais devem realizar uma boa avaliação para a correta adequação deste equipamento.
Mas os pais também avaliam? Sim, pois são eles que conhecem melhor do que ninguém seus filhos e suas necessidades, além do mais a escolha de uma cadeira de rodas e suas adequações devem levar em conta todo o contexto familiar, desde a altura das pessoas que irão empurrar a cadeira até os locais onde esse paciente vai constantemente com ela.
Através de uma escuta minuciosa dos pais, olhar crítico dos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional e a mão de obra de um serralheiro, marceneiro, tapeceiro ou até mesmo os próprios pais, os responsáveis pela confecção das adequações necessárias para cada paciente irão trabalhar em conjunto para realizar de maneira criteriosa as adequações necessárias na cadeira de rodas.
É importante dizer que a indicação deve levar em conta não somente necessidades imediatas, mas também a longo prazo, sempre tendo em vista problemas atuais e futuros que afetem o uso dessa cadeira.
Estas adequações podem ser desde um tipo de cinto, uma presilha, um assento com inclinação anterior ou posterior (o assento e encosto que assegurarão estabilidade para a pelve favorecendo ou inibindo padrões neurológicos), apoio dos pés com tiras ou sem tiras e diversas outras mudanças que podem ser realizadas sempre visando o melhor posicionamento, conforto e função do paciente na cadeira.
As adequações podem variar desde a utilização de materiais simples até um grande espectro de materiais mais complexos como os assentos e encostos digitalizados, almofadas híbridas, tecidos diferenciados entre outros. Mas independente do material utilizado o importante é que tudo seja levado em consideração pois até o tecido precisa ser bem escolhido de acordo com as necessidades de cada paciente. E, após a adaptação, há a necessidade de realizar a manutenção correta da cadeira de rodas, pois ela garantirá vida útil maior.
Portanto verificar sempre rodas, lubrificação, folgas em parafusos e porcas e integridade do tecido. É importante também não expor a cadeira de rodas a locais úmidos e diretamente ao sol, evitando dessa forma, rachaduras e ressecamento.
É importante que, se o profissional que irá fazer a avaliação não for o mesmo que atende o paciente, ele obtenha conhecimento sobre suas necessidades e converse com o terapeuta responsável também para alinhar os objetivos terapêuticos, afinal de contas, além do posicionamento, as cadeira de rodas podem e devem ser terapêuticas, mantendo os objetivos ganhos em terapia.
A indicação e a adequação de qualquer cadeira de rodas é algo muito sério e que tem um efeito primordial na vida do paciente e de sua família, portanto o profissional que está realizando esse processo deve ter conhecimento sobre o assunto, desde como realizar as medidas antropométricas até os tipos de adequação necessários.
É de suma importância que a toda a equipe multidisciplinar esteja engajada nesse processo de escolha da melhor cadeira, pois todas as funções que o paciente desenvolve devem ser levadas em consideração, como por exemplo, um dispositivo de comunicação alternativa ou um joystick em uma cadeira motorizada.
Existem inúmeros tipos de cadeira de rodas e quer sejam simples, motorizadas, que proporcionem ortostatismo (postura em pé), para crianças, para adultos, para esportes ou para posicionamento, enfim, qualquer que seja a cadeira, deve-se sempre ficar atento a cada paciente pois a prescrição e adequação devem estar aliadas à vontade e à necessidade dele, sempre com o objetivo de promover o seu bem estar.
Se uma pessoa não é igual a outra, por que uma cadeira de rodas deve ser padrão?
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