Compreenda a importância do CAA: Comunicação Alternativa e Ampliada

Você sabe o que é CAA ? Ouviu falar ? Já viu alguém usando ?
CAA significa Comunicação Alternativa e Ampliada e consiste em um conjunto de ferramentas, incluindo símbolos, recursos, estratégias e técnicas que o indivíduo utiliza para se comunicar.


Se engana quem ainda acredita que a fala é a única forma de comunicação, existem várias. Quando fazemos um gesto, uma expressão facial, um toque, usamos uma imagem, língua de sinais… ou um dispositivo que gera uma fala e esta interação é compreendida por outra pessoa, estamos usando CAA.


O termo “ampliada” refere-se a ampliação da comunicação natural que se encontra comprometida. Já o termo “alternativa” está relacionada à situações em que a comunicação natural está gravemente prejudicada, sendo necessária a utilização de outro sistema que substitua a comunicação oral e a escrita.


A CAA é dividida de acordo com o tipo de uso do instrumento: sem ajuda e com ajuda instrumental. Sistemas sem ajuda são os que utilizam o próprio corpo para comunicação, como gestos e sinalizações. Os recursos com ajuda instrumental dependem de materiais e equipamentos especiais, como figuras, fotos, teclado para digitação, livros, tablets, entre outros.
Os métodos de CAA são variados e devem ser personalizados para a necessidade de cada indivíduo.


Equivocadamente, alguns acreditam que a utilização da CAA inibe seus usuários de se comunicar por meio da linguagem verbal. No entanto, diversas pesquisas publicadas demonstram o oposto: CAA aumenta consideravelmente a probabilidade de produção de fala.


Lembrem-se : as crianças estão imersas no mundo da linguagem verbal desde que nascem e são solicitadas a darem uma resposta verbal compreensiva entre os 12 à 18 meses. Então, porque exigir que as crianças que começam a usar CAA tenham respostas já nos primeiros dias??


Devemos estar cientes que o uso de um sistema exige tempo, paciência e empenho de todos os envolvidos: terapeutas, pais, cuidadores, irmãos…Vamos dar essa oportunidade para aqueles que precisam!

Referências:
Schwartzman, JS. et al .Transtorno do Espectro do Autismo. São Paulo. Menon; 2011.